Ontem, dia 17 de junho, caiu a lei que exigia o diploma para que o jornalista pudesse exercer a profissão. Dentre os principais argumentos estavam o da liberdade de expressão – já que a exigência do diploma foi uma herança da ditadura militar. Se há a liberdade de expressão, há o direito de todos exercerem a profissão divulgando suas ideias.
Em discussão com amigos e colegas jornalistas, as opiniões eram as mais adversas. É lógico que os únicos que foram contra a decisão foram os jornalistas. Mas não por medo de perderem o emprego, mas por medo de serem prejudicados financeiramente, agora que não há um sindicato que exija um piso salarial dos empregadores. Não que algum dia esse piso fosse realmente levado a sério.
Tem muita gente aí que já é jornalista e não fez faculdade de jornalismo. Eu conheço vários, muito bem empregados e excelentes profissionais, sem dúvida. Mas é inocência demais achar que uma boa redação seja pré-requisito suficiente para ser um bom jornalista. É preciso carregar no cerne das suas habilidades também as dicussões acadêmicas a respeito das dicotomias e teorias que envolvem a profissão. Objetividade, ética, moral, tudo isso que parece senso comum, mas está longe de ser.
Se tem um monte de jornalista com diploma no mercado sem ética, o que te faz pensar que um jornalista sem diploma e formação tenha alguma? (respondendo a uma pergunta via twitter do @mooglez)
Só para fechar, no começo fiquei mal com a derrubada do diploma. Mas depois de ponderar e apurar todos os fatos, foi melhor assim. A liberdade de expressão ainda é prioridade. A lei de imprensa caiu, porque diabos a obrigatoriedade do diploma não cairia? O diploma era só uma maneir de provar alguma coisa para alguém.
Só espero que o salário não caia muito…
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